domingo, 17 de outubro de 2010

TEXTOS ANTIGOS: Abertura de "Elegias a Deusa"


TEXTOS ANTIGOS

Abertura de "Elegias a Deusa"

e


 - Rosa Negra -




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"Nesta parte estarão as mais  belas  nênias  dedicadas à  Deusa. Abrirei um espaço para os, também belos poemas, de escritores natos como idem aos imortais e malditos da Literatura Universal. Desejo-lhes uma bela leitura e se possível, terno desvaire. Peço-lhes que se ao mavioso  momento  desejarem imprimir uma lembrança a vós, guardem com carinho o nome do autor da obra e, encarecidamente,  não cometam o plágio, este ato só reflete a incapacidade e derrota humana diante  da  própria personalidade e auto-estima."




Rosa Negra


Quando em meu sagrado putrefar
Rosas negras nasceram em mim
Meu coração pôs-se a vermes palpitar
Como o sangue quente que vos bebi.

Desabrochando sobre a carne lutulenta
Embalsama delicado cheiro miasmal
Numa beleza violenta e imortal
Da Deusa minguante e macilenta.

Vens como uma morada de demônios,
repousar no meu túmulo vis amores.
Estremunhando minh'alma de doces sonhos
Com beijos defuntos de mil algores.

Os vermes se revolvem em tal amor
Sobre a gordura derretida e perfurada...
Quando, ó larva, teus beijos trarão algor
Novamente a essa amarela e fraca ossada?

L.'. F.'.

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