domingo, 7 de novembro de 2010

Fortuna Imperatrix Mundi - Canções de Beuern.


Fortuna

O seguinte poema Fortuna Imperatrix Mundi faz parte da composição de centenas de cantos medievais recolocados por Carl Orff na introdução de sua reconhecida cantata "Carmina Burana Cantiones profanae cantoribus et choris cantandae"


1 - O Fortuna

O Fortuna,
velut Luna
statu variabilis,
semper crescis
aut decrescis;
vita detestabilis
nunc obdurat
et tunc curat
ludo mentis aciem,
egestatem,
potestatem
dissolvit ut glassiem.

Sors immanis
et inanis,
rota tu volubilis,
status malus,
vana salus
semper dissolubilis,
olumbrata et velata
michi quoque niteris;
nunc per ludum
dorsum nudum
fero tui sceleris.

Sors salutis
et virtutis
michi nunc contraria
est affectus
et defectus
semper in angaria.
Hac in hora
sine mora
cordum pulsum tangite;
quod per sortem
sternit fortem,
mecum omnes plangite!
1 - Ó Fortuna

Ó, Fortuna,
mutável
como a Lua,
sempre cresces
e decresces;
vida detestável
ora escurece
ora esclarece (cura),
como um jogo,
as mazelas da mente.
Indigentes e poderosos
tu os dissolve como gelo.

Sorte brutal
e vazia,
tu, roda volúvel,
és má, e torna vã
a felicidade;
sempre dissoluta (dissolúvel),
nebulosa e velada
também a mim assedias;
agora, no jogo,
entrego o dorso nu
à tua malvadez.

A sorte na saúde
e na virtude
agora me é contrária.
e tira,
deixando-me refém.
Nesta hora
sem demora
tange a corda pungente;
porque a sorte
abate o forte,
e devemos todos chorar!


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