terça-feira, 1 de setembro de 2009

O Senhor da Terra de Edfu

O Senhor da Terra de Edfu*

"Enquanto tuas asas não sombreiam minh'alma senhor da terra de Edfu, eu rastejo sob meus inimigos como poeira e me elevo ao teu olhar.

Me ergo e vejo o sol de tua era, me ergo sem piedade. Pois renasço em mim mesmo como renasces a cada dia.
São três os que brilham no sul. Eles lancinam meu coração e cortam minha carne.
- Aquela que anda com os vultos e tem covardia como brio e ambiciosa é;
- Aquele bebe sangue e rumina com os mortos, seus olhos vermelhos sorvem prazer na falsidade;
- Aquela que se julga maior, sentada sobre ombros de deuses, qual ignorância e ofensa justifica pela sabedoria daqueles que a abençoam.
Do que uiva sobre a morte nos caminhos da noite em bronze, Eu sou.
Da que ilumina a si mesma com seus pés de prata, Eu sou.

Da que guerreia em vitória sobre a carruagem de ouro, Eu sou.
Das três damas de esmeralda, rubi e ouro, no deserto, a criança sou.
Ó Ra-Hoor-Khut sê! Ó Hoor-pa-kraat sou!"


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* Este poema foi retirado dos escritos de F.V/H.R/L.F/J.A.F em Anno iv17 Sol 8°51' Virgo, Luna 0°00' Aquarius Dies Martis.

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