quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Musa d'Alvura - FV/HR/JAF/LF
Olhou profundamente para o quadro suspenso na parede. Está lá há anos, talvez há mais de um sextênio provavelmente. Suspirou e a saudade que sentiu foi como a febre que o queimava. Arde de frio a pele suada, arrepiada, trêmula. O lábio seco meio rachado, vermelho se semi-molhado. Doía-lhe a cabeça, a carne, o peito, o coração. Diabos! – Dir-me-á uma vez mais não?
Ah! minha Musa d'alvura. Vêm e sê o que és tanto a mim!
A luz de todo o início e o fim de todas as coisas.
Destrói-me, destrói-me, destrói-me...
Quero morrer sentindo isto!
Ahhhhhhhhhhh..........
Pareceu perfeito. Há um momento que todos merecemos morrer, que todos queremos morrer. Está em nossa essência o renascimento. E o que está na essência dele, somente ela pode proporcionar. Fechou os olhos e deixou que Wojciech Kilar preenchesse todo o seu mundo interior em busca de seus medos e monstros. Sentindo nojo e ânsia de muitas coisas tentou manter o foco na beleza daquilo de mais importante e precioso em sua vida: o Amor.
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