A ARTE ERÓTICA
Agostino
Carracci foi batizado em 16 de agosto de 1557. Estudou em Veneza,
principalmente desenho e gravura, tornando-se o maior gravador italiano da
época. A partir de 1574 ele efetuou trabalhos de reprodução das obras de
mestres do século 16, como Federico Barocci, Tintoretto, Antonio Campi,
Veronese e Correggio. Depois estudou pintura com seu primo Lodovico, em
Bolonha, onde dirigiu a academia junto com seu irmão Annibale. Suas viagens a
Parma foram responsáveis pelo culto da escola a Correggio.
Em
Roma, colaborou com Annibale em seus grandes trabalhos. Dos poucos quadros conservados
de Agostino Carracci, que morreu em Parma em 23 de fevereiro de 1602, o mais
famoso é a "Última comunhão de são Jerônimo" (Academia de
Belas-Artes, Bolonha).
The Last Communion of St Jerome
Agostino Carracci
(1591-1592)
Óleo sobre tela, 376x224 cm
Pinacoteca Nazionale di Bologna, Bologna, Italy.
A
família Carracci: Agostino, Lodovico e Annibale, que eram figuras de destaque
no final do século 16 no movimento contra a artificialidade maneirista
prevalecente de pintura italiana, foram vistos nos séculos XVII e XVIII como os
maiores pintores italianos depois de Michelangelo e Rafael. Porém a partir de
1850 caíram em descrédito, junto com todos os pintores Bolonheses, tendo sua
arte rotulada de "eclética" e pesada com falta de originalidade
chegando a ser considerada "Sem única virtude, sem cor, sem desenho, sem
caráter, sem história, sem pensamento"; Entretanto foram reabilitados pela
exposição coletiva de suas obras em Bolonha (1956), tendo-se como um evento
notável.
Considerando
grandes obras como "as Séries de Amores dos Deuses" também conhecida
como Galeria Farnese, adentramos nos trabalhos eroticidade explicita de
Agostino Carracci* de uma série talvez intitulada de Lasciva e feita nos meandros de 1584-6, embora o próprio Carracci destina-os a uma série desconhecida. Carlo
Cesare Malvasia (Felsina Pittrice, Vite de Pittori Bolognesi, I, ed. Giampietro
Zanotti, Bologna, 1841, edição original 1678) relata que a série incorreu no
desagrado do Papa Clemente VIII (1592-1605), que admoestou Carracci por sua
falta de decoro.
Fontes:
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